Lá se foi a crise

De regresso ao Campeonato com um jogo em Alvalade onde tem escasseado os golos, Jorge Jesus apostou na versão mais ofensiva do seu Sporting 2017/18, dando a titularidade a Daniel Podence e sacrificando Rodrigo Battaglia, uma opção compreensível e que se revelou acertada.

5-1 é um resultado que não deixa margem para grandes discussões, mas nem tudo funcionou na perfeição neste Sporting, principalmente porque Bruno Fernandes fez a sua pior exibição desde que chegou ao Sporting, fartando-se de perder bolas e revelando algumas dificuldades na ajuda a William Carvalho, que também esteve uns furos abaixo daquilo que é habitual.

Em contrapartida Daniel Podence trouxe à equipa a mobilidade que lhe é característica, destabilizando por completo a defesa adversária e quem ganhou com isso foi Bas Dost que desatou a marcar golos, daí que no final do jogo se tenha desfeito em elogios ao minorca, isto sem esquecer o próprio Gelson Martins que se entendeu às mil maravilhas com o seu companheiro, baralhando por completo as marcações da defesa contrária.

Obviamente que ninguém melhor do que o treinador para fazer a gestão de esforço do plantel, pois ele é que trabalha com eles, mas perante o que atrás referi e os minutos que os jogadores tem, não percebi a primeira substituição, não pela entrada de Rodrigo Battaglia, mas pelo jogador que saiu. Daniel Podence bem merecia terminar o jogo, ao contrário de Bruno Fernandes que de posição em posição me pareceu cada vez mais desgastado.

Quanto ao jogo em si, o Sporting simplificou a sua tarefa ao marcar cedo na sequência de uma entrada forte, em que a equipa mostrou estar avisada, principalmente porque a partir daí o Chaves subiu as suas linhas, abrindo espaços para a velocidade dos rapazes de Alcochete e quando é assim tudo se torna mais fácil. Foram 5 mas podiam ter sido mais.

No fim, aquele golo desnecessário foi o resultado de baldas a mais para uma equipa que defensivamente até costuma ser segura, mas que em dia de goleada resolveu facilitar um bocadinho.

Se há uma coisa que o VAR não não resolve é a falta de qualidade de árbitros como o Rui Costa e o Nuno Almeida e contra isto só uma limpeza geral.

E pronto, acabou-se o jejum de Bas Dost e desapareceu a crise que já se perspectivava no horizonte, depois de duas derrotas e três empates com que a imprensa do costume já se ia entusiasmando. Agora siga para Vila do Conde onde o ano passado foi o que se sabe e não se pode esquecer. O que se pede é a atitude do inicio deste jogo e mais cuidado na defesa.


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