Pareceu-me que a ideia era ganhar o jogo o mais rapidamente possível, mas se era não resultou, pois o Boavista entrou a toda a força, pressionado muito alto e conseguiu mesmo manter a bola sempre longe da sua área, de tal forma que já tínhamos 19 minutos de jogo quando Fábio Coentrão fez o primeiro remate do Sporting.
O Boavista corria mais do que o Sporting que não conseguia ter bola, mas o problema é que ninguém aguenta aquele ritmo muito tempo e à medida que o intervalo se foi aproximando o Sporting começou a ter espaço e Bruno César teve finalmente um boa oportunidade para marcar, até que Daniel Podence fabricou o golo que chegou na hora certa. A opção pelo baixinho, que até aí parecia não ter resultado, revelava-se acertadíssima. 1-0 para Jesus.
Esperava-se um Boavista ainda mais forte na 2ª parte, mas a verdade é que foi o Sporting que entrou melhor, enquanto os axadrezados pareciam não estar preparados para reagir à desvantagem no marcador. Foi então que Jorge Jesus resolveu pôr trancas à porta lançando Rodrigo Battaglia, mas não houve tempo para se discutir os efeitos desta alteração, que até tinha o risco de ser um convite para ao regresso ao jogo Boavista, pois o 2-0 chegou logo a seguir. Jesus voltava a ter razão.
O jogo parecia morto, mas Sebastián Coates encarregou-se de ressuscitá-lo, para logo a seguir Jérémy Mathieu e Bas Dost voltarem a matá-lo, foi só um susto e daí até ao fim não houve motivos para grandes sobressaltos.
A lógica do Futebol é mesmo uma batata e no fim quem cantou de galo foi Jorge Jesus, que assim pôde afirmar que tinha começado a ganhar aquele jogo em Barcelona, e a verdade é que os resultados de Atenas e do Bessa deram-lhe razão.
Para terminar o ano em beleza falta ganhar ao Portimonense, um adversário muito perigoso, mas de permeio temos dois jogos das taças para rodar o plantel, no entanto a prioridade é mesmo o campeonato e a próxima jornada tem de ser encarada como decisiva, porque é fundamental chegar à Luz com 3 pontos de vantagem.
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