Bas Dost acende uma luzinha

Sem a ala esquerda titular, sem o motor da equipa, com dois laterais improvisados e com Bas Dost no banco, Jorge Jesus apostou em Josip Misic para o meio campo, preferindo colocar Rodrigo Battaglia no lado direito da defesa em detrimento de Stefan Ristovski, que assim parece estar a pagar as favas da derrota no Dragão.

No final do jogo o treinador do Sporting afirmou que tinha ganho um lateral direito, mas eu não fiquei assim tão convencido, pois se é verdade que Rodrigo Battaglia se desenrascou a defender, também me pareceram evidentes as suas dificuldades na hora de atacar, principalmente quando era preciso cruzar, embora o argentino tenha disfarçado essas debilidades com a sua raça, que até valeu um golo ao Sporting, já para não falar no que safou em cima da linha.

Do outro lado veio uma nova contrariedade com a lesão de Bruno César que obrigou à entrada de Lumor Agbenyenu, mas as maiores dificuldades resultaram da falta de mobilidade da linha da frente, onde apenas Gelson Martins conseguiu dar velocidade ao jogo, em oposição ao engonhar dos seus três companheiros do ataque, com a agravante de Josip Misic nunca ter sido capaz de se chegar à frente, preferindo acampar no grande circulo, o que juntando à falta de entrosamento de uma equipa bastante remendada, resultou em muitos passes errados e numa 1ª parte bastante fraca em que houve apenas uma boa oportunidade de golo para cada lado, em lances que os guarda redes resolveram.

Depois que entrou Bas Dost e Rúben Ribeiro finalmente fez alguma coisa de jeito, pelo que o holandês não perdoou, estava feito o golo que o Sporting precisava, e a equipa até podia ter chegado ao 2-0 mais cedo, no entanto Jorge Jesus preferiu segurar o resultado com a entrada de João Palhinha, mas mesmo assim sofreu até ao apito final e ainda apanhou alguns sustos.

Quanto ao penalti, não podemos negar que Sebastián Coates meteu a mão no ombro de Djavan, mas numa coisa Jorge Jesus tem razão, é muito fácil marcar penaltis contra o Sporting, só não percebo é porque é que os jornaleiros de serviço nunca lhe perguntam se ele está a dizer aquilo tendo como termo de comparação os tempos em que treinou o Benfica.

E por falar em penaltis, há um lance já depois do golo do Chaves em que me pareceu que William Carvalho foi derrubado na área flaviense, mas desse nem repetições tivemos. Será que fui só eu que vi isto?

Depois da derrota do FC Porto, este jogo de Chaves tinha uma importância acrescida e apesar das dificuldades a equipa ganhou, mantendo o foco numa luzinha se acendeu lá no fundo do túnel. Agora só faltam 8 jogos nos quais é preciso que o Porto perca 6 pontos, o que não é muito provável, mas enquanto for possível o espírito tem de ser este, lutar sempre até ao fim pelos 3 pontos.




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